O que é, onde é oferecido, o que está incluído e o que é pago a parte, vantagens e desvantagens, dicas e se vale a pena para você!
O que é?
É uma modalidade de regime de alimentação adotada especialmente por grandes hotéis. Assim como o all inclusive, existem os regimes de pensão completa (principais refeições incluídos), meia pensão (duas refeições incluídas no valor da hospedagem, geralmente o café da manhã e o almoço ou jantar) café da manhã e os que não incluem nenhuma refeição.
All Inclusive: do inglês, tudo incluído!
Quer dizer que, além das principais refeições diárias, você terá coberto pelo sistema o consumo livre de bebidas (alcoólicas ou não), petiscos, lanches e sobremesas. Assim, a principal característica do all inclusive é a alimentação a vontade durante todo o dia, ou seja, você não terá que pagar por nada que consumir desde o momento do check-in até o check out no hotel.
Onde é oferecido?
Em geral, o regime de alimentação all inclusive é oferecido em resorts que contam com uma infraestrutura maior de lazer e entretenimento para seus hóspedes, geralmente incluindo também serviços de estética, recreação, atividades físicas e um convívio maior com a natureza do local sem precisar sair do empreendimento.
Se eu tenho entretenimento do hotel 24 horas por dia, faz sentido eu não querer sair dele para me alimentar.
Uma observação importante a ser feita é que all inclusive não é sinônimo de luxo, estando mais relacionado à comodidade e à previsibilidade de gastos, como veremos abaixo. Tanto que os hotéis e resorts mais luxuosos do Brasil e do mundo dificilmente adotam este regime de alimentação.
Resumindo, nem todo resort é all inclusive, mas faz sentido que ele seja ofertado apenas em resorts.
O que vem incluído?
Alimentação durante todo o dia em restaurante estilo buffet; geralmente há 2 restaurantes nesta modalidade, um fica servindo o café da manhã até mais tarde, enquanto o outro é preparado para o almoço;
Um bar na região da piscina e/ou da praia servindo petiscos, churrascos, feijoadas e lanches rápidos, que se estendem por toda a tarde;
Em algum lugar específico, serve-se um buffet de café de tarde;
Além disso, costuma-se organizar os mais variados tipos de quiosques, que podem servir, por exemplo, sorvetes, sanduíches, pizzas, comidas típicas, sendo que estes costumam acompanhar o horário de funcionamento da piscina;
Para o jantar, organize-se os restaurantes de buffet novamente. A maioria dos resorts disponibiliza também restaurantes a la carte, especialmente para o jantar. Há, no mínimo, 1 restaurante deste tipo, sendo que vários deles possuem de 3 a 4 restaurantes temáticos, que você pode escolher dependendo do número de noites que ficar hospedado. Costuma ter restaurante mediterrâneo, italiano, oriental, pizzaria, churrascaria, nordestino, mexicano, árabe, dentre outros;
Geralmente, tem uma cafeteria, com cafés, doces, quitandas e sobremesas;
Em todos os restaurantes, área de piscina, lobby e em lugares estratégicos, são colocados postos de auto-serviço de bebida.
O que é pago a parte?
. Algumas bebidas (marcas melhores e mais caras) não costumam entrar no pacote do all inclusive;
. Nos restaurantes a la carte, é comum disponibilizarem no menu uma opção de refeição mais sofisticada que também é paga à parte;
. Inclusive, alguns locais, como nos cruzeiros marítimos, cobra-se pelos jantares nos restaurantes de especialidades;
. Atrações de lazer que envolvem aluguel de equipamentos (caiaque, bicicleta, prancha) ou instrutores individuais costumam ser cobradas em separado da hospedagem;
. Excursões e passeios para pontos turísticos externos ao hotel ou navio também são cobrados (e geralmente bem cobrados);
. Serviços do spa (tratamentos de pele, cabelo, banhos, massagens) e até mesmo o uso das instalações (piscinas, saunas e jacuzzis) costumam ser cobrados;
. Em alguns locais e em todos os navios o uso da internet pelo wi-fi também é cobrado a parte;
Souvenirs, lembranças e produtos das lojas do local também são muito bem cobrados.
Vantagens
. Serve muito bem para quem gosta de variedade, tanto de bebida, como de comida. Além disso, se você costuma esbanjar na alimentação, gosta de experimentar coisas novas, é uma boa oportunidade;
. Para quem ingere bebida alcoólica em grande quantidade, pode valer a pena, porque em destinos turísticos o valor das bebidas costuma ser bastante elevado;
. Para famílias que viajam com crianças e adolescentes, costuma ser bom contar com uma hospedagem que inclui tudo, porque diminui a chance de ocorrerem gastos extras;
. É cômodo ter tudo no mesmo local, a distância de uma mão. Então, se você quer desligar, descansar e relaxar, pode ser uma boa opção;
. Ter tudo incluído em um valor que pode ser parcelado em até 12 vezes, te ajudar a ter um controle financeiro maior, sem surpresas no final da estadia.
Desvantagens
Ao contrário do que muita gente pensa, all inclusive não é sinônimo de luxo. Não adianta se imaginar em uma espreguiçadeira, aguardo o garçom chegar com a sua bebida e aquela guarda-chuvinha por cima dela. All inclusive é self-service, você terá que servir todas as comidas e as bebidas por conta própria;
Variedade não é qualidade: para poder fazer longas mesas de buffet, que enchem os olhos, muitos resorts abrem mão da qualidade dos ingredientes, de técnicas elaboradas de preparo (como, por exemplo, deixar uma carne marinando nos temperos por longas horas) e até reaproveitam e reformam pratos de um dia para o outro. Além disso, para agradar a todos os públicos, tiram um pouco do sal, da pimenta e do “tômpero” da comida;
Lotação: em geral, você vai pegar muitas filas ao longo do dia. Nos restaurantes, nas atrações, para sair para passeios. Os resorts geralmente têm muitas acomodações e o serviço costuma ser demorado porque ele consegue hospedar um grande número de pessoas, especialmente na alta temporada (meses de férias e feriados);
Há uma grande variedade, com certeza, mas não há opção de escolha. Você terá que se contentar com as marcas de bebida que são servidas e com o que está disponível nos buffets e cardápios. Pedidos especiais geralmente não são bem vindos. E nem é por mal não…. imagina se, na capacidade máxima do local, todos resolvessem fazer pedidos especiais de alimentação!
Bebida quente e comida fria: repor a demanda de bebida ao longo do dia a tempo delas gelarem o suficiente nas geladeiras é quase missão impossível. Além disso, as comidas ficam expostas por longos períodos nas gôndolas e podem não estar tão quentinhas quando você for servir o seu prato!
Vale a pena?
Infelizmente, nem sempre… Falo infelizmente porque sempre fui uma entusiasta da comida e bebida liberada. Mas é importante avaliar algumas questões para se responder a esta pergunta:
. Vai valer a pena quando o destino da sua viagem for o local de hospedagem. Ou seja, se a proposta for aproveitar ao máximo toda a estrutura do resort durante a sua estadia, o All Inclusive tem a sua medida. Há resorts com 7 restaurantes, spa completo, pé na areia, atrações por todo o dia e a noite, super estrutura para adultos e crianças, de forma que sair do hotel é quase um desperdício;
. Se a sua viagem for em família ou com amigos e você quer focar em estar com eles, a comodidade de não ter que procurar locais para alimentação pode ser decisiva no momento da sua escolha de hospedagem;
. É muito indicado se você deseja visitar lugares remotos, de difícil acesso e com poucas opções de alimentação por perto;
. Entretanto, se você deseja turistar, fazer passeios diários de longa duração fora do hotel, conhecer outras praias, outros gastos entrarão na conta e você terá um buffet e uma estrutura já pagos desperdiçados!
Dicas:
Depois de ponderar sobre todas as questões acima, se você ainda achar que o all inclusive é a melhor opção para você e sua família, fique de olho nos seguintes pontos:
. Para mim, conhecer as áreas comuns do spa e realizar pelo menos um procedimento faz parte da experiência de viagem. Para você conseguir se programar, pode ser interessante entrar em contato com o hotel para saber quais procedimentos estão disponíveis e os valores dos mesmos, se estas informações não estiverem no próprio site do resort;
. Conferir tudo o que está incluído no pacote de bebidas e quantos bares estão disponíveis no espaço, especialmente se tem bar na região da praia e da piscina. Se você está pagando para ter acesso a um serviço melhor, ter que andar de volta para o hotel só para pegar uma bebida pode ser bem cansativo. Além disso, poucos bares e quiosque de auto atendimento para bebidas pode significar mais filas;
. Se você ou alguém da sua família tem alergias ou restrições alimentares (vegetarianos, veganos, diabéticos, etc.), é importante consultar o hotel com antecedência para ver se há opções de alimentação que atendem às suas demandas;
. Pesquise muito sobre o resort/hotel antes de decidir. Compare preços sim, mas dê especial atenção à estrutura física do local, se vai te atrair a ponto de você querer permanecer nele por vários dias, sem ficar monótono. Pesquise a reputação do lugar, as avaliações de quem já foi, o que falam dos quartos, da qualidade e sabor dos alimentos, como são as atrações e a equipe de animação do hotel, se tem uma boa programação noturna!
. Quando você for planejar, não esqueça de colocar no orçamento as despesas com passagens, traslado, deslocamento, lembranças e algum gasto extra que, quase sempre, aparece!
. As regras variam de lugar para outro. Então, é sempre bom checar se os itens do frigobar estão cobertos pelo pacote, e, em caso positivo, qual será a frequência de reposição. Além disso, é importante saber quais e quantos são os restaurante incluídos, bem como se exigem ou reserva ou pagamento à parte.
Acho que depois deste estudo de caso, vai ficar bem mais fácil tomar uma decisão acertada pelo regime de alimentação da sua próxima viagem! Comenta aqui embaixo se você tiver mais alguma dica ou pergunta se quiser saber mais!